Projetos setoriais - AdaptForChange
Melhorar o sucesso da reflorestação em zonas semiáridas: adaptação ao cenário de alterações climáticas
Promotor: FFCUL-CBA (Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, via Centro de Biologia Ambiental)
Parceiros:
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FFCUL-CCIAM (Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, via Centre for Climate Change Impacts, Adaptation and Modeling)
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ADPM (Associação em Defesa do Património de Mértola)
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FCSH UNL (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa)
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cChange
Orçamento do projeto: 103.377,60 euros (financiado à taxa de 100%, com exceção do parceiro ADPM que é financiado a uma taxa de 90%, conforme disposto no n.º 1 do Artigo 35.º do Regulamento Geral do Programa AdaPT)
Início: 7 de maio de 2015
Fim: 31 de dezembro de 2016
Sumário do projeto:
A recente expansão do clima semiárido a todo o Alentejo e o crescente impacto das alterações climáticas exigem adaptação local. O aumento da floresta autóctone representa uma estratégia ao nível do ecossistema pois aumenta a resiliência e os serviços de ecossistema através do aumento da: matéria orgânica no solo, carbono e azoto, biodiversidade, infiltração de água, etc; e diminui a suscetibilidade à desertificação. Por essa razão, grandes áreas têm sido reflorestadas com as espécies autóctones de azinho e sobro no Alentejo, mas com uma baixa taxa de sucesso.
O objetivo do AdaptForChange é diminuir o custo-benefício das reflorestações através de uma abordagem inovadora:
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Desenvolvendo um modelo que aponte quais a zonas que:
i) podem ser facilmente regeneradas com baixos custos;
ii) devem ser sujeitas a reflorestação assistida, com apoio de diversas técnicas; iii) devem ser ocupadas por atividades alternativas devido à dificuldade em as reflorestar. Ao adequar os esforços e energia a cada local através do conhecimento da sua ecologia diminuímos substancialmente o custo-benefício, melhorando as taxas de sobrevivência a longo prazo.
Tendo em conta os objetivos de todos os stakeholders, de forma a assegurar o cumprimento das políticas nacionais (como a ENAAC) e internacionais (como as convenções da Biodiversidade, Alterações Climáticas e Desertificação), a concretização dos objetivos dos proprietários, a capacitação das autoridades locais nas melhores práticas de reflorestação. O envolvimento dos stakeholders irá criar a sensibilidade e a capacidade técnica para assegurar a perenidade das ações do projeto, incluindo as ações de demonstração de conservação do solo e água planeadas.
Tendo em conta a mais atual ciência da Ecologia do semiárido – desenvolvida pela equipa, bem como os conhecimentos adquiridos no passado com sucessivas reflorestações, cuja caraterização, incluindo o grau de sucesso, será pela primeira vez reunida numa base de dados geográfica. Tendo em conta o conhecimento dos vizinhos, ao transferir as melhores práticas observadas no semiárido histórico para o semiárido atual, onde se vão verificar no futuro os maiores impactos das alterações climáticas.
Finalmente, disponibilizando ao público todos os resultados do projeto sob as formas mais úteis, nomeadamente através de workshops para os stakeholders, edição de um livro com as melhores práticas e com um site e modelo desenvolvido para aplicação para dispositivos móveis.